segunda-feira, 19 de abril de 2021

A História de Jonas


Nunca, em nenhum momento de história de vida, ouvi tantos debates, em cima de ideologias. 

Progressistas e conservadores digladiam todos os dias nas redes sociais, cada um defendendo o seu  ponto de vista político. Vejo da mesma maneira no meio teológico o famigerado debate "Calvinistas x Arminianos" crescer cada dia mais. E no meio desses embates, encontramos nós, observando as  consequências do que sairá disso tudo.

Parafraseando o escritor de Eclesiastes, "nada de novo debaixo do Sol". 

Há um caso registrado na Bíblia de uma pessoa que foi movida pela ideologia e que deixou-a tomar as rédeas da sua vida. Essa pessoa foi Jonas. Qualquer criança que estuda na Escola Bíblica Dominical sabe a história do profeta Jonas. 

Esse homem recebeu o chamado do Senhor para pregar na cidade de Nínive, capital do Império Assírio. Nínive era a Metrópole da época. Era sede do império. 

Os assírios eram um povo muito ruim, sobretudo com seus inimigos. Uma das uma das imagens que simbolizavam esse império, era figura de uma pessoa enfiando uma lança no olho de outra, já subjugada. 

Eles eram muito duros com as pessoas que não seguiram seus caminhos e era debaixo desse julgo que Israel estava. 

No entanto, Deus havia prometido destruição deles. Mas antes de acontecer isso, Jonas teria que fazer a sua parte: pregar sobre a iminente destruição de Nínive.

Mas Jonas conhecia a misericórdia do Senhor. E por conhecê-la, se recusou a fazer o bem a esse povo. Lá no final do livro ficará explícito o porquê dele ter feito isso. Ele sabia que a misericórdia do Senhor alcançaria os ninivitas. E essa não era a vontade dele. 

Ele viu seu povo sofrendo na mão desse povo. Ele queria que esse povo sofresse as consequências por ter maltratado todos os seus compatriotas. E devido a sua ideologia, ele resolve desobedecer a voz do Senhor. 

Resumindo, a narrativa bíblica conta que ele pegou uma embarcação para uma cidade chamada Társis.  Ninguém sabe ao certo onde fica essa cidade. Mas especialistas acreditam que ela fica na Península  Ibérica, mais precisamente, onde fica a Espanha hoje. 

Em outras palavras, ele queria ir para o lugar mais distante possível de Nínive. E o lugar mais distante possível naquela época era a Espanha. No entanto, quando ele estava na sua viagem, houve um grande tempestade levando a tripulação, movida talvez pela superstição ou mesmo fé, entender que a causa daquele sofrimento era por causa da desobediência de alguém.

Lançaram sortes e ela caiu sobre Jonas, que aceitou passivamente. 

Por que Jonas não sei se importou com isso?

Simples. Ele preferia morrer do que fazer aquilo que o Senhor havia ordenado. 

No seu coração, a ideologia era mais importante do que obedecer a voz do Senhor.

Isso não sou muito particular hoje, não é? 

Vemos pastores que, para defender determinado projeto de poder, aceitam coisas que são abomináveis para o Senhor. Não importa se a ideologia é de direita ou de esquerda. O que vale é a sua ideologia, acima de qualquer exortação Bíblica. 

Assim, Jonas quando ficou sabendo que o seu nome havia sido sorteado, ele não se importou muito e pediu que o lançassem no mar. Ele preferia morrer, do que fazer aquilo que o Senhor o havia designado. 

Assim, a Bíblia diz que ele foi jogado no mar e quando um grande peixe o encontrou e o engoliu. Agora no ventre do peixe, Jonas fica acordado durante três dias e, em determinado momento. ele se arrepende e pede uma segunda chance para Deus.

A Bíblia conta que Deus é favorável para com ele e aquele peixe o vomitou na praia.

Após aprender a lição, Jonas vai até a cidade de Nínive pregar a Palavra de Deus. Mas o que ele não esperava era que todo mundo se arrependeria. O que ele não esperava era que todos dariam crédito a sua pregação. O que ele não esperava, era que um jejum coletivo aconteceria entre todas aquelas pessoas por temor ao Senhor.

Os versículos finais do texto dá a entender que a ideologia ainda bradava dentro do coração de Jonas.

Ele ainda almejava ver a destruição daquele povo. E ao ver que a mão do Senhor foi favorável para com eles, em virtude de eles terem se arrependido dos seus atos, ele deita embaixo uma planta e dorme indignado.

A narrativa bíblica conta que, ao acordar, veio um verme e matou aquela planta, ao que ele ficou ainda mais indignado. Nisso, o Senhor pergunta para ele porque ele ficou indignado por uma planta que havia crescido e morrido e como ele não ficaria indignado pela morte de milhares de pessoas que não sabiam distinguir a direita e a esquerda.

Amados não precisamos ir tão longe para obedecer a voz do Senhor. O que é certo e o que é errado já está definido desde a eternidade.

Infelizmente, as pessoas estão tentando adaptar o evangelho em suas vidas, quando oposto deveria acontecer.

As pessoas estão doentes, defendendo as suas ideologias políticas e até mesmo os seus partidarismos teológicos. Mas o que importa mesmo é um coração arrependido, contrito, diante do Senhor, acima de qualquer ideologia. 

Se você for obreiro e estiver lendo esse texto, obedeça a voz do Senhor e vai. 

Seja fiel somente à Palavra de Deus.

E menos fiéis as suas ideologias.

Em Cristo, 

Pr. Gil

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Entre semáforos e gigantes



Aquele dia não seria igual aos anteriores. O ano era 2006 e estava vivendo uma jornada dupla: durante o dia trabalhava numa multinacional no ramo de telecomunicações e à noite, cursava faculdade de Educação Física. A semana já estava chegando ao fim e, naquele dia, sairia mais cedo para retirar o resultado de um exame de eletroneuromiografia na cidade de Santo André, que ficava entre São Paulo (Capital), onde trabalhava e Ribeirão Pires, cidade onde residia e estudava. Meus planos eram claros: vou correndo no laboratório, pego o exame, corro para casa e assim terei tempo de jantar, antes de ir para a faculdade.
Vida dura essa de universitário. Sobretudo, nas minhas condições: roupa social era exigido na empresa e na faculdade, roupas sports. “Nem pensar em aparecer aqui com roupas de ir à missa, hein!”, esbravejava um professor rígido que tínhamos. Eu tinha que escolher das duas uma: ou jantava ou trocava “as roupas de ir à missa”. As duas coisas eram impossível de realizar, pois o tempo era muito curto: saía do trabalho na Barra Funda (São Paulo – SP às 17h e às 19h tinha que estar na Faculdade, em Ribeirão Pires – SP). 
Mas naquele dia, seria mais fácil. Havia saído do trabalho às 14h. Nos meus planos, quando o trem chegasse na Estação Prefeito Celso Daniel – Santo André, já estaria na porta e seria o primeiro a descer da composição rumo ao laboratório e sobraria tempo para retornar para minha cidade, tomar banho, trocar de roupas e jantar em paz. E foi o que fiz. Quando as portas se abriram na Estação de Santo André, saí literalmente correndo e, ao sair da Estação, deparei-me com um fluxo gigante de carros atravessando a rua Itambé, impedindo que eu continuasse na minha empreitada.
Olhava para aquele semáforo e nada do “homenzinho vermelho” ficar verde. Os carros continuavam a seguir o fluxo e nada do trânsito diminuir. Angustiado, olho para o relógio e vejo alguns preciosos minutos escapar-me pelos dedos, sem eu nada poder fazer. Começo a ouvir o barulho das catracas. Aquelas pessoas retardatárias que vinham na mesma composição que eu e que desceram ali, já começavam a sair da estação de trem. Dou mais uma olhada no relógio e um sentimento de frustração vem. A sinaleira não abria e aquelas pessoas, que em alguns minutos antes, eu me orgulhara de sair do trem na frente delas, agora estavam todas do meu lado.
Não demorou muito e agora eu começo observar que as outras pessoas também começavam a ficar angustiadas. Não era somente eu que tinha pressa em meus afazeres e compromissos. Outras pessoas também. Alguns segundos passam e a aglomeração de pessoas só aumentava – na proporção dos carros que transitavam naquela rua.
De repente, algo me vem à tona: eu não havia apertado o botãozinho atrás dos “homenzinhos verde e vermelho”. Por algum motivo (talvez a pressa!) eu havia esquecido de algo tão elementar para eu ter sucesso no meu propósito de chegar em casa mais cedo. O curioso era que, das outras pessoas que aglomeravam juntamente comigo naquela travessia, nenhuma outra tiveram a mesma ideia. Ou, supuseram que eu, o primeiro a chegar, já havia feito isso.
Meio que disfarçando, aperto o tal botãozinho. Alguns segundos depois, finalmente o homenzinho fica verde. Todos, inclusive eu, fazem aquela travessia às pressas, cada um ao seu destino, pois em cidade grande, tempo é precioso, tempo é dinheiro.
Atravessei aquela rua e fui até o laboratório meditando o que acabara de ocorrer. Perdi alguns preciosos minutos – o que provavelmente me faria falta – pois teria outras conduções até chegar à minha casa.
Lembrei dos versos de Gerado Vandré, quando cantava “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Muitos se atrasaram, por causa de minha distração – não proposital – mas também não tiveram a proatividade de entender o que estava acontecendo e resolver o problema que afligia todos.
Nessa seara de fazer acontecer, proatividade ou simplesmente passividade, me pego lembrando de Davi e a sua memorável vitória sobre o gigante Golias. Todos nós já ouvimos falar desse episódio, mas o que trago à tona era o fato da inércia das pessoas, frente ao que estava acontecendo:

"Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias". (1ª Samuel 17:16)



Quarenta dias. Esse foi o total de dias que o gigante se apresentava diante de todos os homens, mulheres e crianças de Israel, sem que ninguém tomasse uma atitude. Um esperava pelo outro. Imagino, todos os dias, as pessoas comentando entre si, quem os livraria daquela situação delicada.
Não bastasse o medo daquela figura maléfica, havia os “especialistas em gigantes” que entendiam de tudo sobre ele: a sua altura de seis côvados e um palmo (1ª Samuel 17:4), o que equivaleria, com as medidas atuais, quase três metros de altura! Mas não parava por aí: o versículo seguinte diz que ele vestia uma couraça de escamas, uma espécie de armadura, que pesava cinco mil siclos de bronze (algo em torno de sessenta quilos). Caneleiras, ombreiras, escudos e uma lança que pesava mais ou menos sete quilos, completava os adornos desse guerreiro amedrontador, o que dava muito assunto para as “mesas redondas” da cidade.
Mas eis que surge o herói Davi. Um garoto, caçula de sua família que foi ao front de guerra, a pedido de seu pai Jessé, para levar mantimentos aos seus irmãos. Ele estava de fora. Mal sabia o que estava acontecendo. Semelhante a um curioso que vê de longe a disputa de dois competidores num jogo de xadrez, ele já identificara como vencer o inimigo. As suas experiências anteriores já traçara o que ele faria – ele já havia matado um urso e um leão – no entanto, ele tinha plena convicção que se não fora intervenção do Senhor, ele não teria sucesso nesse novo desafio.
O seu sucesso não estaria voltado às suas estratégias de ataque ou mesmo de defesa. Ele mal sabia os atributos daquele gigante. No entanto, ele sabia que, dentre todas as estratégias de luta, a mais eficiente seria – certamente – aos pés do Senhor.
Davi tinha motivos para não comprar aquela briga. Afinal, ele não foi alistado para a guerra. Seus pais contavam com ele para apascentar o rebanho e ovelhas e não para lutar com gigantes. Mas entre viver no ostracismo de sua zona de conforto, ele optou em comprar aquela briga – o que outros, em sua mediocridade – não tiveram coragem de encarar.
O problema não é meu! - exclamaria um covarde diante daquele impasse. Realmente o problema não era de Davi, mas os impropérios que aquele gigante proferia contra o nosso Deus não poderia passar impune.
E, voltando-se ao versículo citado anteriormente, quarenta dias o gigante subia e esbravejava contra o povo de Deus. E ninguém fez nada. Nem mesmo a oferta da princesa pra o valente que derrubasse aquele guerreiro, modificou a situação.
Um esperando pelo outro. E nada do “homenzinho ficar verde”. Assim como todos os pedestres naquela ocasião sabiam que, era apenas apertar o botão e esperar a situação mudar, todos também sabiam que Golias não era nada perto do Deus de eles serviam.
Mas optaram por ficar inertes. Precisou um corajoso jovem camponês invocar a presença do Deus Todo Poderoso para aquela mudar.
Golias caiu. Acabou-se os impropérios. O sinal ficou verde. Avançamos. O que era desfavorável tornou-se favorável. Mas o tempo perdido, infelizmente não volta jamais.

terça-feira, 30 de abril de 2019

A Síndrome da Igreja Vazia



Há alguns anos atrás, tive o privilégio de pregar na abertura de uma Convenção Interestadual, numa importante cidade da região norte do Brasil. Para não expor os irmãos queridos que conheci ali, não vou detalhar o nome da denominação, a data e a cidade onde tudo aconteceu. Até a imagem que ilustra esse artigo não é verdadeira.
Era uma Igreja relativamente grande: nas minhas contas caberia de quatrocentas a quinhentas pessoas sentadas. Visivelmente estava precisando de reformas e, reforma para um templo desse porte não fica barato.
Perguntei aos irmãos que ali congregavam quantas pessoas frequentavam o culto. A Igreja estava repleta de pessoas, vindas de diversas partes do país. 
- Quarenta pessoas, pastor. (respondeu um irmão com um ar de nostalgia).
- Quarenta pessoas, irmão?
Daí ele começou a rememorar os tempos áureos daquela comunidade, das bandas, dos pastores e obreiros que ali passaram.
- Mas, e o que aconteceu para agora só ter quarenta pessoas congregando aqui?
Daí, ele mudou de semblante. Com um ar de revolta, disse que o G12 havia "acabado" não só com aquela igreja, mas com as demais congregações e até de outras denominações.
Comecei a ponderar com o que havia acabado de ouvir. Como pode uma Igreja estabelecida, simplesmente ter uma debandada de ovelhas para outro lugar e, pelo que percebi, nunca mais sequer retornar?
Oração não era problema para aquela congregação. Fé, também não.
Com o passar dos tempos, percebi que, em muitas igrejas falta algo chamado organização e planejamento. Não vou entrar no mérito do G12 e nem de outros métodos que pululam nas igrejas evangélicas do Brasil afora, mas se faz necessário, para os ministérios que estão nessa situação crítica, repensar os seus valores, senão quiserem ver as suas igrejas à míngua.
Há ministérios com algumas décadas na estrada, que ainda não percebeu que a sociedade está em transformação constante e a igreja, como faz parte da mesma, também está em transformação. 
Alguns lerão esse artigo e dirão: mas Jesus não muda, o homem é quem muda!
Já ouvi isso de uma centena de pastores. Sim, "Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e eternamente" (Hebreus 13:8), mas não é disso que eu me refiro. 
As igrejas mudam e o que deu certo no passado, pode não dar certo no presente. Li de um pastor muito antigo que, se a denominação dele, quando começou no Brasil, não tivesse demonizado a TV, e adquirido uma rede de TV, muito mais pessoas seriam alcançadas pelo Evangelho até o dia de hoje.
No entanto, por não assimilarem o momento em que viviam, demonizaram o rádio, a TV, o relógio de pulso e, agora, quando veem suas ovelhas buscarem alimentos em outros pastos, culpam o método, criticam-o.
Não é o objetivo desse texto exaltar o G12 ou qualquer outro método de evangelização que passar na cabeça do leitor. Meu objetivo é alertar os líderes que é seu dever cuidar das ovelhas que Deus lhe concedeu e que, as demandas da geração atual, bem como das posteriores serão diferentes.
Invista em seu ministério. Cuide das crianças; mas não se esqueça dos velhinhos! Faça trabalhos sociais. EVANGELIZE! Estude mais. Ore mais. Peça a Deus novas estratégias, pois quando Ele, naquele dia, for perguntar pelas almas que Ele te deu para apascentar, não venha a responder que a culpa é dos outros. De Deus não escondemos nada, nem mesmo a nossa mediocridade.


terça-feira, 29 de abril de 2014

Sobre o Pr. David Owuor - O Profeta da Chuva



Tenho visto inúmeras pessoas encantadas com o ministério do Pr. David Owuor. Como pastor, muitos têm me procurado para saber qual a minha opinião a respeito. Segue abaixo, a minha resposta a uma ovelha, que me procurou querendo saber maiores informações.

"Pr. Gil, A Paz do Senhor! Não quis publicar em sua linha do tempo no Face,  porque acho um assunto bem delicado, até mesmo por que nem todos confessam a mesma fé. Pesquisa na internet sobre este homem "profeta queniano David Owuor". Eu mandei esse e-mail para outros pastores do nosso ministério, não sei se fiz mal, mas acho que a liderança deve saber disso até mesmo para nos instruir se esta mensagem e verdadeira e guiar o povo".

Oi ***, Paz do Senhor!
Já tinha lido algo a respeito do Pr. David Owuon
A sua mensagem é atual e ousada no tocante à denúncia do pecado existente dentro e fora das Igrejas. O que ele diz a respeito do Brasil não precisa ser teólogo nem sequer cristão para perceber que nosso país é a terra do turismo sexual e das extravagâncias (bebidas, drogas, baladas, etc.)
Certa vez, li uma reportagem sobre ciclistas iranianos que estavam dando a volta ao mundo em bicicletas. Eles diziam que se você quer estudar, vá para a Europa, se você quer ganhar dinheiro, vá para os Estados Unidos; mas se você quiser se divertir, vá para o Brasil".
Essa é a nossa realidade e qualquer um sabe disso.
Voltando ao pastor em questão, acho muito cedo dizer se ele é de Deus ou não. Profeta sei que ele não é; pois a Bíblia não dá respaldo para isso: "A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele." (Lucas 16:16).
Não há também respaldo bíblico para afirmar que ele é quarto profeta, ao lado de Elias, Daniel e Moisés, ao qual ele afirma ser, se é que é verdade que ele afirme isso.
Em Mateus 7:17, Jesus diz que "Pela arvore sabeis os seus frutos". 
Cito esse versículo porque já vi inúmeros movimentos religiosos começando do mesmo jeito do que o do pastor em questão.
Primeiro um tema em comum com todos os cristãos independentemente de sua linha teológica, nesse caso, o cumprimento das profecias;
Segundo, o apontamento e a divulgação dos erros, escândalos "colocando-os no ventilador";
Terceiro, mostrando que seu movimento é o que é o ideal a ser seguido.
Chamamos isso de regra de três e não serve apenas para temas religiosos. A mídia usa isso constantemente. Um exemplo foi a vacina da gripe: primeiro informaram a existência do vírus, depois divulgaram o máximo que podia sobre a sua periculosidade e, por fim, propuseram a vacina, onde laboratórios faturam milhões.
Por fim, voltando ao meio religioso, vemos:
Ellen White apontando os erros das outras denominações e apontando o Adventismo como o "certo"; Charles T. Russell da mesma maneira e fundando as Testemunhas de Jeová, dentre tantos outros.
Atualmente, vimos o Rubens Sodré, ou como ele é chamado de irmão Rubens, projetando-se em cima dos irmãos falando dos Iluminattis e por fim propondo a seita YEOHUSHUA que levou inúmeros irmãos para fora da Igreja, inclusive muitos queridos.
Enfim, como disse, ainda é muito cedo para dizer se é de Deus ou não; os frutos mostrarão com o tempo. Mas advirto a reter só o que é bom e aguardar os desdobramentos. Temos quer ser "prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas" (Mateus 10:16), pois não sabemos com quem estamos lidando.
Portanto, fiquemos com o Senhor, pois uma coisa é certa. Ele está voltando!

Em Cristo, que nos enviou como ovelhas em meio de lobos, Gil.

domingo, 8 de julho de 2012

Os Jovens na Fornalha Ardente




O rei Nabucodonosor mandou fazer uma estátua que media vinte e sete metros de altura por dois metros e setenta de largura e ordenou que a pusessem na planície de Durá, na província da Babilônia. Depois, ordenou que todos os governadores regionais, os prefeitos, os governadores das províncias, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todas as outras autoridades viessem à cerimônia de inauguração da estátua. Todos eles vieram e ficaram de pé em frente da estátua para a cerimônia de inauguração.
O encarregado de anunciar o começo da cerimônia disse em voz alta: —Povos de todas as nações, raças e línguas! Quando ouvirem o som das trombetas, das flautas, das cítaras, das liras, das harpas e dos outros instrumentos musicais, ajoelhem-se todos e adorem a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor mandou fazer. Quem não se ajoelhar e não adorar a estátua será jogado na mesma hora numa fornalha acesa. Assim, logo que os instrumentos começaram a tocar, todas as pessoas que estavam ali se ajoelharam e adoraram a estátua de ouro. Foi nessa hora que alguns astrólogos aproveitaram a ocasião para acusar os judeus. Eles disseram ao rei Nabucodonosor: —Que o rei viva para sempre!
O senhor deu a seguinte ordem: “Quando ouvirem o som dos instrumentos musicais, todos se ajoelharão e adorarão a estátua de ouro. Quem desobedecer a essa ordem será jogado numa fornalha acesa.” Ora, o senhor pôs como administradores da província da Babilônia alguns judeus. Esses judeus—Sadraque, Mesaque e Abede-Nego—não respeitam o senhor, não prestam culto ao deus do senhor, nem adoram a estátua de ouro que o senhor mandou fazer. Ao ouvir isso, Nabucodonosor ficou furioso e mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles foram levados para o lugar onde o rei estava, e ele lhes disse: —É verdade que vocês não prestam culto ao meu deus, nem adoram a estátua de ouro que eu mandei fazer? Pois bem! Será que agora vocês estão dispostos a se ajoelhar e a adorar a estátua, logo que os instrumentos musicais começarem a tocar? Se não, vocês serão jogados na mesma hora numa fornalha acesa. E quem é o deus que os poderá salvar?
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam assim: —Ó rei, nós não vamos nos defender. Pois, se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, ele poderá nos salvar da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei.E mesmo que o nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de ouro que o senhor mandou fazer. Ao ouvir isso, Nabucodonosor ficou furioso com os três jovens e, vermelho de raiva, mandou que se esquentasse a fornalha sete vezes mais do que de costume. Depois, mandou que os seus soldados mais fortes amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os jogassem na fornalha. Os três jovens, completamente vestidos com os seus mantos, capas, chapéus e todas as outras roupas, foram amarrados e jogados na fornalha. A ordem do rei tinha sido cumprida, e a fornalha estava mais quente do que nunca; por isso, as labaredas mataram os soldados que jogaram os três jovens lá dentro. E, amarrados, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram na fornalha.
De repente, Nabucodonosor se levantou e perguntou, muito espantado, aos seus conselheiros: —Não foram três os homens que amarramos e jogamos na fornalha? —Sim, senhor! —responderam eles. —Como é, então, que estou vendo quatro homens andando soltos na fornalha? —perguntou o rei. —Eles estão passeando lá dentro, sem sofrerem nada. E o quarto homem parece um anjo. Nesse momento, o rei chegou perto da porta da fornalha e gritou: —Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam daí e venham cá! Os três saíram da fornalha, e todas as autoridades que estavam ali chegaram perto deles e viram que o fogo não havia feito nenhum mal a eles. As labaredas não tinham chamuscado nem um cabelo da sua cabeça, as suas roupas não estavam queimadas, e eles não estavam com cheiro de fumaça. O rei gritou: —Que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja louvado! Ele enviou o seu Anjo e salvou os seus servos, que confiam nele.
Eles não cumpriram a minha ordem; pelo contrário, escolheram morrer em vez de se ajoelhar e adorar um deus que não era o deles. Por isso, ordeno que qualquer pessoa, seja qual for a sua raça, nação ou língua, que insultar o nome do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja cortada em pedaços e que a sua casa seja completamente arrasada. Pois não há outro Deus que possa salvar como este. Então o rei Nabucodonosor colocou os três jovens em cargos ainda mais importantes na província da Babilônia.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Cristo levou sobre si as nossas dores




Quero compartilhar um testemunho do que aconteceu há mais de dois anos e que, na época, repassei por email a alguns de meus amigos...


A Paz do Senhor, amigos!

Eita terça-feira devagar!!! Hoje o dia não passa (pelo menos por aqui!)

Bom, para animar nossa tarde, quero contar um testemunho a vocês  e que nem todos são obrigados a acreditar:
Ontem à noite, minha esposa, ligou para os pais dela que residem no Centro-Oeste do Brasil. A mãe dela contou que domingo, dia 02 de agosto, uma senhora levou uma menina de colo (bebê ainda) no culto e no decorrer do culto todos ouviram o grito dela:
- Minha filha morreu! Minha filha morreu!
Todos correram para ver a cena; inclusive um médico e uma enfermeira padrão (que foram nossos padrinhos de casamento) - e que freqüentam a Igreja - observaram a criança toda roxa e após exames superficiais (batimentos cardíacos, respiração, etc.) concluíram que ela estava sem vida.

O meu sogro, que é o pastor da Igreja, conclamou a todos os presentes para orar por aquela criança e, para a Glória de nosso Deus, num determinado momento, aquela criança soltou um grito bem forte e começou a chorar com todo o seu fôlego de vida.
A Igreja não se continha, tamanha era a alegria e a gratidão a Deus por tão grande feito - um verdadeiro milagre!
A última informação que tenho, é que os profissionais da saúde, após o episódio, resolveram levar a criança no hospital, onde está em observação.
Fica aqui registrado esse testemunho maravilhoso, que nosso Deus não mudou, pois como diz a Palavra, "Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente".

Em Cristo, que levou todas as nossas dores,

Gildenor Silva

domingo, 13 de novembro de 2011

Vencendo o Desânimo (A história de Josué e Calebe)


A Bíblia narra em seus cinco primeiros livros, conhecidos como Pentateuco, que após os israelitas se libertarem da escravidão no Egito, liderados por Moisés, os mesmos deveriam tomar posse da Terra Prometida, Canaã, ou Palestina, como conhecemos hoje. Quando Moisés percebeu que o êxodo para Canaã estava chegando ao fim, enviou doze espias para que fossem à frente do povo e analisassem o lugar que Deus havia prometido a seus pais (Abraão, Isaac e Jacó) no intuito de reunir informações sobre a região.
Os doze espias foram ao local e no retorno, narrado em Números capítulo 13 versículo 31 é possível notar o desânimo nas suas palavras: “Não podemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós”. Resumindo seu relato, constante no capítulo 13 de Números, os espias alegavam que os povos existentes na região eram numerosos, exímios na guerra e que eles, peregrinos no deserto, não teriam chance alguma ao guerrear contra a essas nações.
O povo entrou em pânico. De repente, a expectativa pelas boas novas que aguardavam ansiosamente daqueles doze homens se transformaram em angústia, desânimo e desespero.
Particularmente, acho incrível essa atitude dos israelitas: Incrível, porque grande parte deles haviam visto Deus abrir o Mar Vermelho para que os mesmos passassem. Incrível, porque viram o cuidado de Deus durante todos esses anos e em todos os sentidos: de dia como uma nuvem, para dar sombra ao povo e à noite como uma coluna de fogo para aquecer e iluminar a todos. Incrível, porque dia após dia o maná caía do céu e essas pessoas tinham mantimento para continuar a caminhada. Além disso, viram Moisés descer do Monte Sinai com a Lei de Deus e inúmeras outras que provavelmente nem estão narradas na Bíblia.



O relatório dos espias estava correto; porém, cheio de incredulidade. Os espias focalizaram as circunstâncias: o povo guerreiro vs. uma multidão de peregrinos, sem nenhuma tradição de guerra.
Lendo esse texto, pondero: será que cremos nas circunstâncias ou no que Deus nos prometeu fazer?
Quantos têm morrido por não acreditarem nas promessas de Deus! Deus tem prometido uma porta de emprego, a salvação de seu cônjuge, de seu filho, de seus pais, etc. Entretanto, muitas das vezes, olhamos para as circunstâncias e tendamos a pensar como esses espias, pois achamos que nosso Deus está sujeito às nossas conjunturas da vida, quando na verdade temos que ter uma atitude de fé que Ele cumprirá a promessa que fez a todos nós.
Uma certa passagem bíblica diz que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Faltou fé aos espias, digo, a dez dos doze espias. Havia dois cuja atitude fez a diferença: esses dois eram Josué e Calebe.
Em meio ao desespero e murmurações, os dois proclamaram diante do povo: “A terra, pela qual passamos a espiar é muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, no-la dará; terra que mana leite e mel. (Números capítulo 14 versículos 7 e 8). A terra era realmente muito boa. Diz a narrativa que para carregar um cacho de uva eram necessários dois homens!


A maior batalha não consistia em lutar em meio a espadas, carros e cavalos: a maior batalha estava no interior daquela gente que insistia em não acreditar que Deus poderia levá-los à vitória.
A batalha para crer é a maior batalha que existe, maior que muitas guerras que já existiram. Josué e Calebe fizeram diferente; optaram por crer na vitória e, alguns versículos mais à frente, o próprio Deus dá testemunho de seus servos: “O meu servo Calebe tem outro espírito (...) e sua posteridade a possuirá” (versículo 24). Josué e Calebe viveram em atitude de fé a vida inteira. Leia, por exemplo, a história de Calebe no Livro de Josué, capítulo 14. Não importava as circunstâncias; eles sabiam que Deus lhe daria a vitória.
Todos nós precisamos aprender muitos com esses dois personagens bíblicos. Temos do nosso lado Deus, o Criador do céu terra e mar; o Filho, que deu sua vida por nós e o Espírito Santo, que nos consola e nos edifica ante as investidas do acusador. E muitas das vezes achamos que nossos problemas são maiores do que Deus!
Esposas pessimistas. Maridos desencorajados. Jovens que nunca tiveram sequer uma experiência com esse Deus que tudo pode. Esquecem que Deus pode suprir todas as nossas necessidades; até aquelas mais íntimas que estão escondidas nos porões de nossas almas.
O maior desafio da ciência é vencer uma enfermidade que até hoje não se conseguiu a cura: o câncer. Penso que a maior dificuldade da Igreja nesses últimos dias é vencer o desânimo.
A batalha consiste não em nos entregar ao que vemos ao redor e sim em apegar nas promessas de Deus. O maior desafio é mudar o foco.
Curioso é que o inimigo usa pessoas comuns para nos desanimar. Não foi nenhum demônio, nenhum pagão que desestabilizou o povo: foram as próprias pessoas escolhidas por Moisés. E que fica um conselho: pessoas sem fé acabam por fazer-nos desanimar.


A narrativa do capítulo 14 do Livro de Números começa com o choro dos israelitas. Geralmente, Deus valoriza as lágrimas; entretanto, essas lágrimas eram de incredulidade. O desânimo segue seu fluxo: 1º Lágrimas (Números 14:1); 2º Murmurações (Números 14:3) e 3º Rebelião (Números 14:4). O desânimo tem levado muitos hoje à blasfêmia e à rebelião: culpam a vida, a situação financeira, o ministério, o pastor, mas o que os faltam na realidade é a fé. É por isso que entendemos porque a Bíblia fala tanto de perseverança.
Geralmente nos apegamos em pregações espetaculares e manifestação de dons espirituais; entretanto, nossa vida é de apenas um coadjuvante, um mero expectador do trabalhar de Deus na vida dos outros. Daí pergunto: e nós? Cremos realmente que Deus pode realizar grande coisas através de nossas vidas?
O desânimo, como uma doença espiritual, tem levado muitos hoje à blasfêmia e à rebelião. Pessoas nesse estado oram até com emoção, porém com falta de fé. A fé persistente é algo que devemos pedir mais e mais. Precisamos da garra de Josué e Calebe. A moral dessa história toda é que não adianta o percurso percorrido, o que conta é a chegada.
Aquelas pessoas andaram por 10, 15, 20 ou até 30 anos ou mais, mas num ato de desânimo jogaram tudo a perder. Muitos dons e talentos pouco significam ao longo do percurso para a Canaã espiritual. O que realmente importa é o andar com fé perseverante em Deus 24 horas por dia; pois só assim, no final de nossa jornada, teremos forças para testemunhar o que Calebe disse quarenta e cinco anos após esse episódio, aos oitenta e cinco de vida: “ainda hoje me acho tão forte como no dia que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal agora é a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar. Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia (...) Porventura o Senhor será comigo para os expulsar, como Ele disse”.
Isso é que é fé e confiança no Deus que tudo pode. Que possamos ser como Calebe.